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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Defesa civil quer ampliar parceria com UFU para implantar novas estações de monitoramento



Defesa civil quer ampliar parceria com UFU para implantar novas estações de monitoramento

A  secretária Antidrogas e coordenadora da Defesa Civil, Flávia Carvalho, recebeu Paulo César Mendes, professor do laboratório de climatologia e recursos hídricos da Universidade Federal de Uberlândia para conhecer novos projetos que possibilitarão melhorar as ações da defesa civil, neste período de chuvas.
Foram apresentados dois projetos de previsão e monitoramento das condições climáticas. O primeiro, mais emergencial, trata da instalação de aproximadamente 20 estações de monitoramento climatológico na cidade. Hoje Uberlândia possui apenas uma instalada no Campus da UFU no bairro Santa Mônica.  
As estações poderão ser instaladas em prédios públicos, como escolas, e seriam equipadas para monitorar todas as condições do tempo (precipitação pluviométrica, temperatura, velocidade dos ventos e pressão atmosférica).
Os locais já estão previamente mapeados abrangendo toda a cidade com atenção maior nas duas principais bacias hidrográficas e regiões de maior risco de alagamento.  É o caso, por exemplo, nas proximidades dos córregos Cajubá, na área central, Tabocas, na avenida Cândido Minervina , São Pedro e Jataí na Rondon Pacheco, bem como a região do córrego Lagoinha. As estações serão interligadas e as informações repassadas por GSM. Os dados ajudarão a otimizar as ações de contenção de enchentes e de redução dos prejuízos avisando preventivamente as equipes da Defesa Civil e a população sobre o  deslocamento e intensidade das chuvas pelos bairros. As novas estações também vão permitir o melhor controle dos níveis dos reservatórios de abastecimento de água do município.
A Universidade já dispõe de equipamentos para cinco estações, tendo a prefeitura de adquirir outros 15 para completar a rede em todo perímetro do município e a  contratação de empresa de transmissão de dados via GSM. O custo do projeto da Rede Climatológica ficaria em torno de R$180 mil e poderia ser implementado para o próximo período de chuva, no segundo semestre deste ano.
Informado sobre os projetos, o prefeito Gilmar Machado demonstrou entusiasmo com a iniciativa e disse que todos os esforços serão feitos para que Uberlândia tenha uma rede eficiente de alerta às precipitações climáticas.

Radar Meteorológico
 O segundo projeto apresentado se trata de ações de mais abrangência envolvendo as regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e parte dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Trata-se da instalação de um radar meteorológico com capacidade de precisão na previsão das condições do tempo em um raio de 250 km de exatidão e de 90% de acerto para um raio de 350 km . No Brasil, de acordo com Paulo César, apenas as cidades de Brasília (DF) e Bauru (SP) dispõem deste tipo de tecnologia.  Desta forma, Uberlândia e todas a região do entorno ficam “na sombra”, sem informações precisas, destacou Paulo César.
O projeto do Radar tem previsão de custo em torno de R$ 3, 5 milhões e pode ser consorciado com Associações de Municípios, como a AMVAP, federações ligadas a produção de alimentos, companhias geradoras de energia hidroelétrica, Infraero, bem como estados beneficiados pelos raios de atuação do Radar e a União. A implantação, prevista para médio prazo, pode durar até dois anos.
Os benefícios estariam ligados não só a prevenção de enchentes, mas ainda se estenderiam à programação de investimentos na indústria, planejamento urbano e agricultura.  Paulo César lembrou que pelo menos 20% da produção agrícola se perdem por falta de previsão exata para o plantio, a colheita e o armazenamento. “São infinitas as aplicações das informações geradas pelo sistema de Radar Meteorológico”, conclui Paulo César.
O projeto se auto sustentaria com a venda de dados específicos de clima e tempo para Federações de produção de alimentos e iniciativa privada, além de prefeituras que teriam reduzidos os impactos social e econômico a partir de dados precisos de previsões meteorológicas.
A secretária e coordenadora da Defesa Civil ficou entusiasmada em ter a possibilidade de otimizar os trabalhos a partir de investimento tecnológico para melhor atender a população. Ela já levou os projetos para uma primeira análise do prefeito Gilmar Machado. “Queremos envolver todos os segmentos da sociedade nestas ações”, disse Flávia Carvalho.

Cristiane de Paula
Jornalista
21/01/13

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