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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

29 de agosto: Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

29 de agosto: Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
Esta data foi escolhida como Dia Nacional da Visibilidade Lésbica em 1996, quando cerca de 100 lésbicas brasileiras de vários Estados se reuniram no Rio de Janeiro e discutiram, dentre outros temas, “As características da discriminação e o preconceito a que as mulheres lésbicas vêm sendo alvo dentro da sociedade patriarcal secular, que tem no masculino a sua máxima expressão de poder e de direitos”.
“A mulher lésbica é algo tão desafiador e inaceitável para a sociedade machista e homofóbica que, numa escala de opressão, a que sofremos parece sombria, silenciosa e definitiva. Parece que nunca seremos um ser humano igual a outro qualquer, eis porque, dentro do espectro do movimento LGBT, a maioria das lésbicas ainda internaliza esta situação como condição e não consegue conquistar o seu espaço humano, cultural, político e social no mundo”, analisou a lésbica Tânia Martins, que é jornalista, escritora e técnica em meio ambiente e Diretora do Grupo SHAMA (Associação Homossexual de Ajuda Mútua)
Segundo Tânia Martins, a duplicidade de opressão sofrida – Primeiro, mulher, segundo, lésbica – vêm modelando pessoas que não se sentem pertencentes a uma sociedade na qual podem se incluir proativamente, seja na política ou na formação profissional, sendo relegadas a guetos e entretenimentos de risco, como abuso de álcool e drogas – com exceção de artistas, que gozam de relativa autonomia e independência pessoal para Ser e se Expressar, ou seja, tornar-se visível.
“Porém, mais recentemente, para nossa alegria, as lésbicas têm mostrado ao Brasil e ao mundo que podem sim arrombar a porta dupla dos seus armários, construindo entidades e instituições comprometidas com as lutas históricas da realidade lésbica e da sociedade em geral, engrossando as manifestações por mais e mais democracia, ocupando postos de trabalho e de mando e as filas de casamento entre pessoas do mesmo sexo, que é a mais recente conquista LGBT do Brasil e de muitos outros países do mundo”, analisou Tânia.
“Esta luta política envolvendo a sexualidade, para surpresa de muitos historiadores, inclusive, tem polarizado posições religiosas e, como se isso fosse pouco, também confrontado concepções sobre democracia ou seus limites entre nações – como está ocorrendo entre os EUA e a Rússia”, considerou Tânia Martins, destacando que o Movimento LGBT de Uberlândia, por exemplo, aguarda um dia na agenda da Câmara Municipal em outubro, para realização de uma Audiência Pública que propõe um projeto de lei que penalize atos homofóbicos e crie um Centro de Referência da Diversidade Sexual. “Mas, antes disso, em outubro, estaremos, mais ou menos visíveis, na 12ª Parara do Orgulho LGBT de Uberlândia”, comemorou.

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