Micropolos vão atrair empresas de tecnologia para Uberlândia

Micropolos vão atrair empresas de tecnologia para Uberlândia

Cidade será a terceira do país e a primeira do interior com esse projeto de inovação

Lançado nesta quarta-feira (10) pela Prefeitura de Uberlândia, o programa “Uberlândia Inovadora” vai fomentar o desenvolvimento de empresas de base tecnológica ou de atuação na área mediante a concessão de incentivos fiscais. Na solenidade, também foi apresentada a Agência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (AMDES), entidade gestora que será responsável pela análise e emissão do parecer quanto ao credenciamento das áreas e empresas capacitadas para integração aos micropolos.

O Grupo Algar foi o primeiro a receber a homologação de área através da Granja Marileusa. A assinatura do certificado de habilitação também aconteceu durante o lançamento do projeto.

A implantação do “Uberlândia Inovadora” visa benefícios como a estruturação de ambientes adequados ao desenvolvimento da competitividade na oferta de serviços na área de tecnologia, incentivo à habilitação e aprovação de projetos e geração de receitas para manutenção e investimento em infraestrutura.

“Esse é o primeiro micropolo que estamos certificando. O próximo será a UBT e o outro será na avenida Vinhedos onde faremos um conglomerado de empresas que realmente querem investir em tecnologia. Vamos gerar emprego de qualidade, com salários elevados para que possamos atender um público universitário grande que temos em Uberlândia”, disse o prefeito Gilma Machado, destacando que Uberlândia será a terceira cidade do país a ter um projeto desse porte, sendo a primeira do interior. As outras duas cidades que têm projetos semelhantes são Recife e Florianópolis.

As empresas homologadas terão entre os incentivos fiscais a alíquota mínima de ISS, que é de 2%, bem como a isenção de IPTU por até 10 anos e do ITBI, que são tributos municipais. “Com isso passamos a ter uma competitividade maior em nível nacional para atrair empresas da área de tecnologia para Uberlândia. A partir dos micropolos instalados geraremos milhares de empregos e os investimentos ficam por parte das empresas, respeitando a normativa da lei 588 de 2014”, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ronaldo Alves.

Micropolo Granja Marileusa

O presidente do conselho executivo do Grupo Algar, Luiz Alberto Garcia, disse que apesar de receber o nome de micropolo, a iniciativa pode ser considerada como macro diante da necessidade de se pensar em grandes empreendimentos para Uberlândia. “Quando fizemos a Granja Marileusa, pensamos em um empreendimento para que outras empresas pudessem se espelhar. As empresas devem vir para Uberlândia por causa da qualidade de vida e não somente por causa da isenção fiscal. Temos que escolher em ser o maior ou em ser o melhor”, afirmou Luiz Alberto Garcia.

A Granja Marileusa é um empreendimento de R$ 85 milhões com 250 mil metros quadrados projetados para receber habitação para até quatro mil pessoas. Quanto à base de instalação para novas empresas, o empreendimento destinou uma área de quase 50 mil metros quadrados. Para o diretor da Granja, Flávio Oliveira, a localização favorável é um diferencial para potencializar a geração de riquezas.

“A Granja Marileusa tem um ambiente favorável para empresas. É uma condição muito favorável estar entre o Distrito Industrial, que é o segundo maior polo econômico do estado, e o aeroporto, que é o quinto maior entre os aeroportos regionais do país. Existe um potencial de geração de riquezas muito forte”, destacou o diretor.

Polo e Parque Tecnológico

            Além dos micropolos de tecnologia, a Administração municipal segue trabalhando para consolidar mais projetos de inovação para a cidade. O Polo Tecnológico está em processo de regularização da área e receberá uma parceria público-privada para que os projetos se consolidem. Outra parceria será feita entre a Prefeitura e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para criar o Parque Tecnológico. Previsto para ser edificado na região do Glória, a ideia é que o parque seja um centro de pesquisas, com incubadoras com base em inovação para desenvolver ainda mais os micropolos.